sexta-feira, 24 de maio de 2013

33 linhas de demanda na capital mineira entram em colapso

Depois da saída da Rede JP, a Rodo-BH Coletivos tenta suprir a falta de coletivos em sua primeira semana nas 33 novas linhas da empresa, que praticamente dobrou sua operação. O que é notícia, você lê aqui a 5 anos!

Da Redação Rede JP News em Belo Horizonte.

Caos. É assim que os usuários da linha 33 (Estação Barreiro/Centro-Hospitais) definiram a última semana de operação. As mesmas reclamações têm sido registradas dia após dia, em linhas como 9211 e 1404C. "Essa bagunça começou na segunda-feira (20). A gente viu de tudo: de motorista errando itinerário, atrasos absurdos, até ônibus velhos, tudo!" diz Francisca da Silva (52), usuária da linha 3050. "Precisava ir ao médico, demorei mais de meia hora no ponto e não apareceu nada, tive que andar e pegar dois ônibus" reclama Rônei Ribeiro (28), usuário da linha 1404B.

A razão de tanto descontentamento de vários usuários é a nova empresa que está responsável pelas rotas, a Rodo-BH Coletivos S.A. A empresa já operava a 6 anos em Belo Horizonte. No final de semana passado foi concretizado a venda das linhas da Rede JP para a empresa que angariou 33 linhas que começaram a ser operadas no dia 20. Com as novas operações, vieram problemas.

A Rodo-BH contava com 40 linhas em Belo Horizonte, ou seja, em uma semana, toda a frota passou a atender quase o dobro de rotas. "Os problemas parecem piores do que realmente são" - informa o empresário Paulo Vasconcelos, diretor-presidente da empresa que faz parte de um dos maiores grupos empresarias do setor de transportes de Minas Gerais, Grupo GO. "Estamos respeitando a escala mínima designada para situações de emergência, e estamos em prazo vigente. Um dos pilares da empresa é justamente a política de qualidade, que prega o máximo respeito ao usuário." Ao ser questionado sobre a idade dos ônibus, e sobre os veículos que receberam reclamações, como um ônibus de Piso Baixo da linha 33 que operou um dia inteiro com problemas na suspensão, o empresário manteve a posição: "Todos os nossos carros passam por rigorosas vistorias semanais, onde problemas técnicos eventuais e manutenção preventiva de rotina são realizados. Quanto ao tempo de uso, os Ônibus da empresa possuem idade média de 4,7 anos, dentro da média nacional e principalmente, da idade estipulada pelo órgão, visto que veículos desse porte possuem vida útil de 15 anos ou até mais." Ainda sobre as novas operações, ressaltou: "Os problemas com atraso serão sanados em breve, já estão sendo preparados na garagem cerca de 20 ônibus zero km, que estão encomendados em regime de urgência. Não há com o que a população se preocupar, a situação será sanada em breve." Até o fechamento desta edição do JPN5, a Rodo-BH não emitiu nenhuma nota oficial sobre o caso.

"Chegou, e vem lotado! O senhor me desculpe, é pegar esse ou não chegar." Foi com essa frase, e várias sacolas na mão que Francisca - a dona Chica - se despediu de nosso repórter, desanimada após um dia de trabalho.

Reportagem: Eduardo Pontes - Redação Belo Horizonte

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